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Como se tornar um mediador de conflitos eficiente sem acabar com a sua paz!
Divergências de ideias acontecem o tempo todo, mas o que diferencia uma pessoa de outra é a forma como cada uma delas consegue lidar com isso. Hoje em dia já existem pessoas capacitadas em treinar as outras para a mediação de conflitos com a finalidade de prevenir desentendimentos, seja onde for, no ambiente de trabalho, em casa, ou no caso de um síndico, no condomínio.
É importante saber intermediar um conflito no condomínio. Hoje nós temos uma diversidade grande em qualquer ambiente e temos de estar atentos ao respeito às diferenças. Precisamos saber administrar o conflito, valorizar ideias e mediar os debates. É de grande relevância para um síndico saber que conflitos vão existir e que ele vai ter que fazer mediação.
Apesar de não ser fácil em situações de debates, ter paciência e ouvir os dois lados são algumas maneiras de evitar estresses no condomínio. Essa mediação deve ser realizada pelo próprio síndico, que deverá agir de forma pacífica com os dois lados.
Não enxergue o conflito como algo negativo
Se o conflito é visto apenas como algo negativo, gerador de crises para o síndico, os indivíduos envolvidos podem endurecer suas posições, estreitando as perspectivas para a busca de qualquer solução. Vale lembrar, que quando não há condições favoráveis nas quais as partes possam encontrar naturalmente maneiras de resolver suas questões, hoje existem diferentes possibilidades que apontam para a busca de soluções alternativas de conflito como, por exemplo, a arbitragem e a conciliação.
Diálogos com Qualidade
A qualidade do diálogo pode gerar um campo fértil para a amplitude e para novas formas de atuação. A falta de diálogo é um campo fértil para o surgimento dos mais diferentes tipos de conflito. É preciso estimular o desenvolvimento das relações intra e interpessoal. Uma boa base para administração de conflitos é iniciar o diálogo com empatia, confiança, boa vontade, bom senso, valorização e reconhecimento dos pontos de vista do outro, respeito às diferenças e com a escuta ativa.
Esse tipo de postura ajuda as partes a terem consciência de que são igualmente importantes e, portanto, seus pontos de vista devem ser reconhecidos e respeitados. As pessoas que não conseguem enxergar o ângulo da outra parte ou respeitá-la jamais serão hábeis administradores de conflito. O reconhecimento e a valorização do outro são fundamentais para se criar o cenário ideal da administração do problema.
A mediação
A prática da mediação conta com enfoques diferentes que vão depender da natureza do conflito e da capacitação psicológica do síndico que é o mediador no caso. Comece com o jeito mais prático que é buscar o meio termo para que as duas partes saiam satisfeitas.
Caso não funcione, existe um método muito interessante, que é separar as pessoas dos problemas. Imagine que um condômino esteja em conflito com outro por causa do barulho do cachorro. Para o dono do cão o problema é pessoal, ele não quer se livrar do seu animal de estimação e acha um absurdo aquela reclamação. Para o condômino que não consegue dormir por causa dos latidos o problema está no vizinho que não faz o cachorro parar de latir.
Agora e se o dono do cachorro imaginar que além do vizinho do lado que está reclamando, os latidos podem também estar atrapalhando os vizinhos de cima, de baixo, e que ainda não reclamaram. O síndico nestes casos pode instruir que por enquanto ele tem um conflito unilateral, mas que em breve podem ser todos contra ele e aí as medidas terão que ser mais drásticas. Não seria melhor contratar um adestrador para o cachorro, para que ele aprenda a se acalmar? Ao vizinho reclamante, o síndico deve pedir paciência, pois o animal não vai aprender de uma hora para outra, e o adestramento leva tempo. Estipula-se um prazo para a resolução do problema e sela-se a paz!
Para melhorar, o síndico ainda pode chamar um adestrador para conversar com todos os moradores que possuem cachorros, e quem sabe o treinamento pode ser feito ali mesmo no prédio para todos.
Quando você deixa o problema fora do âmbito pessoal e estimula as soluções a suas chances de resolver aumentam e muito. E a sua figura como autoridade mediadora se reforça. Mas principalmente, o síndico nunca mais vai perder a sua paz!